EXPLOSÃO NAS FILEIRAS: MAIS DE 30 MILITARES EXPULSOS DAS FADM!
Um total de 31 militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) foram expulsos das fileiras por decisão do Comando do Exército, segundo um despacho assinado a 23 de Maio pelo Chefe do Estado-Maior General, Júlio dos Santos Jane.
A decisão, sustentada por práticas de indisciplina, ausência ilegítima, desobediência a ordens superiores e outras infracções graves, baseia-se no Regulamento de Disciplina Militar das FADM, recentemente atualizado pelo Decreto-lei n.º 019/MDN/2025, de 11 de Fevereiro.
O despacho abrange militares de várias patentes — sargentos, cabos e soldados — com destaque para elementos das Forças Especiais, da companhia Polvo-Quiterajo do Batalhão de Infantaria Leão Brigada 110, da Escola Prática do Exército e até do Batalhão de Tanques.
Apesar de parecer uma medida disciplinar comum, o número elevado e o contexto geopolítico tornam este caso inédito e intrigante. Muitos dos militares agora expulsos estavam afetos ao conturbado Teatro Operacional Norte (TON), em Cabo Delgado — região que tem sido marcada por conflitos intensos contra grupos insurgentes.
Esta não é a primeira vez que militares nessa região são afastados das fileiras. Em ocasiões anteriores, acusações de arbitrariedade e falta de avaliação criteriosa das situações individuais já haviam sido levantadas, lançando sombras sobre a transparência das decisões.
Segundo fontes da “Integrity”, os casos de expulsão nas FADM têm sido recorrentes e geralmente envolvem também falsificação de documentos, conduta imprópria e ausência de qualificações. Contudo, o impacto de afastar um número tão significativo de efectivos levanta questionamentos sobre a moral, disciplina e estrutura interna das FADM, particularmente em zonas de conflito.

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