Os tomates da África do Sul!
África do Sul, apesar de tudo, é dos poucos com tomates. Hoje, o seu ministro das Relações Internacionais e Cooperação, Ronald Lamola, disse que o seu país não se arrepende e está plenamente consciente das consequências de levar Israel ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) por genocídio, uma medida que tem prejudicado as relações com os EUA.
Os EUA opuseram-se ao caso de genocídio da África do Sul tanto na administração de Donald Trump como na do ex-Presidente Joe Biden.
Em Fevereiro, Trump assinou uma ordem executiva para cortar a assistência financeira dos EUA à África do Sul, citando o caso do TIJ e o seu alegado "genocídio" dos agricultores brancos. Os EUA impuseram também tarifas de 30% sobre as importações da África do Sul.
No entanto, apesar das consequências, Lamola disse que o país não se arrepende de ter levado Israel ao TIJ numa tentativa de impedir actos genocidas contra os palestinos.
Lamola diz que a África do Sul sabia que haveria repercussões decorrentes do caso. “Nunca nos podemos arrepender de termos defendido a Carta da ONU. Até o secretário-geral da ONU continua a defender e a apoiar isto.
“Como viram, até mesmo alguns países ocidentais que criticavam a posição da África do Sul estão agora a cantar a mesma canção sobre as violações dos direitos humanos em Gaza e o genocídio em curso. Não pode haver arrependimentos, porque qualquer país aceitará solidariedade quando estiver sob cerco”, disse.

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