COTE DEFENDE INCLUSÃO COMO FUNDAMENTO PARA UMA PAZ DURADOURA EM MOÇAMBIQUE
O Presidente da Comissão Técnica para o Diálogo Nacional Inclusivo (COTE), Edson Macuácua, sublinhou recentemente a importância de um diálogo verdadeiramente inclusivo e transparente como base para a construção de uma paz duradoura em Moçambique, envolvendo ativamente todos os segmentos da sociedade.
“Este é um diálogo diferente dos anteriores. O atual processo rompe com a lógica de bipolarização que historicamente caracterizou o diálogo nacional. Antes, o entendimento restringia-se ao Governo e a Renamo. Hoje, o diálogo está aberto à sociedade no seu todo”, afirmou Macuácua, durante a Sessão de Auscultação Pública dos Partidos Extra-parlamentares, realizada em Maputo.
Segundo o dirigente, nos processos passados, a sociedade moçambicana era confrontada com acordos já definidos, sem participação prévia nos debates ou construção de consensos.
“Os antigos acordos eram tornados públicos apenas após serem assinados. Não havia espaço para que a sociedade contribuísse na sua formulação. Desta vez, é diferente. Não há ainda nenhum acordo assinado. O único compromisso existente é o de dialogar”, reforçou.
Durante o encontro, o representante dos Partidos Políticos Extra-parlamentares, João Massango, apresentou propostas com vista a impulsionar reformas estruturais no país. Entre as sugestões, destacam-se iniciativas para o fortalecimento do Estado e a garantia de uma justiça independente, como forma de assegurar estabilidade política e promover uma representatividade democrática mais efetiva.
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