Governo revela que o 13.º salário será pago em parcel




Governo revela que o 13.º salário será pago em parcelas — “A realidade obriga”


O tão aguardado 13.º salário, que muitos moçambicanos contam como “salvação” para fechar o ano, não virá de uma vez só. O Governo finalmente quebrou o silêncio e revelou que o pagamento será feito em parcelas, justificando que a actual situação financeira do Estado “não permite desembolsos massivos de uma só vez”.


A revelação foi feita por fontes ligadas ao Ministério da Economia e Finanças, que admitiram que a pressão orçamental deste ano ultrapassou o previsto. A combinação de dívidas acumuladas, queda de receitas fiscais e compromissos já assumidos obrigou o executivo a optar por um modelo de pagamento faseado.


Segundo o Governo, a prioridade é garantir que todos recebam, mesmo que a calendarização não agrade a muitos trabalhadores. A lógica interna, segundo explica a fonte, é evitar que alguns sectores fiquem sem nada enquanto outros recebem na totalidade.


Por que o fracionamento?


As autoridades apontam três factores principais:


1. Pressão orçamental acima do esperado

As despesas públicas tiveram um aumento significativo, sobretudo nos sectores de saúde e educação.



2. Receitas fiscais abaixo das previsões

A economia não performou como o previsto, afectando a capacidade de arrecadação do Estado.



3. Compromissos obrigatórios em curso

Há pagamentos que não podem ser adiados, como salários regulares, dívidas externas e programas sociais já em execução.




Quando começam os pagamentos?


O Governo garante que a primeira parcela será paga antes do Natal, para que os trabalhadores tenham alguma margem financeira para as festas. As restantes tranches serão distribuídas ao longo das primeiras semanas de Janeiro.


Apesar das justificações oficiais, a medida já está a gerar mal-estar geral, sobretudo entre funcionários públicos que dependem do 13.º salário para aliviar as dificuldades económicas acumuladas durante o ano.


Reacções dos cidadãos


Nas redes sociais, muitos criticam a falta de planeamento do executivo, enquanto outros mostram um certo alívio: “Parcelado, mas ao menos vem”, dizem. Há também quem veja a decisão como um sinal claro de que o país ainda enfrenta sérios desafios económicos.


Especialistas entrevistados por analistas independentes alertam que a situação poderá repetir-se nos próximos anos, caso não haja uma forte reforma fiscal e maior controlo das despesas públicas.

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